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I SIMPÓSIO

NACIONAL DE

SAÚDE ÚNICA

07 a 10 de junho de 2017, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil

Informações turísticas

Abertura

O I Simpósio Nacional de Saúde Única busca debater os conceitos, a formação e articulação entre os diferentes atores da área da saúde e suas diversas interfaces, tanto da graduação quanto da pós-graduação e/ou com atuação nos serviços de saúde, com vistas à consolidação de práticas e aprofundamento do debate da saúde única (One Health) no Brasil. Propõe-se a discutir importantes desafios no tema relacionados à assistência à saúde, à gestão, ao ensino, à extensão e à pesquisa em saúde que precisam ser entendidos e debatidos. 

 

Os governos e cientistas em todo o mundo reconhecem que uma maior colaboração interdisciplinar é necessária para prevenir e controlar as zoonoses. A expressão "One Health" (Saúde Única) foi proposta como um conceito para promover tal colaboração interdisciplinar (Gibbs, 2014). Fortemente debatida no panorama internacional, a iniciativa “One Health” considera as interfaces da saúde humana, animal e o contexto ambiental, apesar disto o Brasil ainda pouco dialoga com este movimento de forma mais orgânica.

 

Eventos ocasionados por doenças infecciosas emergentes são predominantemente de origem zoonótica (60,3%), sendo que a maioria destes (71,8%) têm origem nos animais silvestres (por exemplo, os vírus Ebola e Zika), e estão aumentando significativamente ao longo do tempo (Jones et al., 2008). Analisando retrospectivamente as origens das doenças infecciosas emergentes desde seu aparecimento na população humana, alguns padrões peculiares são revelados, como a frequência com que novos patógenos emergem estar aumentando; a emergência de todos os principais grupos de doenças infecciosas emergentes se correlaciona fortemente com a densidade de população humana e; o surgimento de patógenos zoonóticos de origem nos animais silvestres se correlaciona fortemente com a densidade humana e a distribuição global da biodiversidade da vida silvestre (Halliday et al., 2012).

 

Neste contexto, a detecção precoce de surtos de doenças em populações humanas e animais é crucial para uma vigilância eficaz das doenças infecciosas emergentes. No entanto, são grandes as disparidades geográficas na capacidade de detecção precoce de surtos, o que limita a eficácia das estratégias de vigilância no nível global. Na gestão ainda são limitadas as experiências que visam articular diferentes setores para uma atuação conjunta na saúde humana, animal e ambiental.

 

Assim, no sentido de fortalecer este processo de debate e consolidação de práticas no tema nas suas diferentes interfaces na assistência à saúde, na gestão, no ensino, na extensão e na pesquisa em saúde, consideramos de grande importância e estratégico a realização deste evento proporcionando um debate nacional e estímulo no âmbito do Estado de Minas Gerais na discussão e reorientação de práticas relacionadas ao tema.

 

Sejam bem-vindos!

 

Atenciosamente,

 

Comissão Organizadora

I Simpósio Nacional de Saúde Única

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